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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Na escolinha


Quantos sentimentos contraditórios mexendo com meu coração essa semana!
Fomos conhecer a escolinha (a que comentei que era longe, fora de mão) e simplesmente me apaixonei! Tive a certeza que meu filho ficará bem cuidado ali, que receberá atenção, afeto, atividades, espaço, aprendizados, diversão e tudo que ele precisa pra ficar ali FELIZ.
Mas como é difícil deixá-lo sem sentir um aperto no coração! Um medo de que, mesmo com tudo de bacana que a escola ofereça, ele SINTA MINHA FALTA! Eu não quero que ele sofra ou tenha medo que eu não volte, que se sinta abandonado ou triste mesmo que por 1 minuto!
Aí o lado racional fala que é importante ele ter frustrações também, mas meu coração grita não, não, não! E fico louca pra pegar ele de novo no colo e amassar, encher de beijos.
Terça fomos conhecer eu e Lucas, quarta fomos com o Beto junto que também gostou muito da escola, tem um espaço ótimo,brinquedos apropriados para idade, seguros, profissionais excelentes e carinhosas, super acolhedor mesmo. Gostei muito do fato da criança explorar toda a escola, as salas são usadas por todas as turmas, como um rodízio, para que todos possam usar da estrutura. Cada criança é vista como indivíduo e, mesmo a escola tendo uma rotina, é sensível à particularidade de cada um, o tempo de cada um para adaptação, buscando o bem estar do aluno para que ele queira estar ali, que fique bem, que esteja feliz.




Ele ficou SOZINHO na escola já na quarta e quinta, hoje vamos de novo. Claro que por pouco tempo, mas já achei bastante e fiquei surpresa inclusive comigo.
Até hoje não deixei uma noite nem com a minha mãe e de repente entrego ele para uma pessoa que recém conheci. Me senti tão estranha de não estar no controle!
Porque estamos juntos noite e dia, eu vejo todos os cocôs, sei de todas colheradas que ele come, o que come, o faço dormir, visto, brinco, o tempo todo e agora sei dessas coisas por outra pessoa.
Óbvio que sou uma drama queen, não ficou 3h longe de mim e nem chorou (ainda). Ficou muito bem e está se adaptando melhor que eu, que estou perdida, por enquanto ainda sem alguém pra me receber do lado de cá, quando chego sem ele nos braços e com coração nas mãos, pra me consolar. Semana que vem vou na minha psicóloga buscar forças dentro de mim (drama queen, drama queen) já que tenho com quem deixar agora pra poder cuidar de mim também.
É só a tarde e estou exagerando, mas vai passar e vai ser bom para os dois. Pra ele, principalmente que terá espaço pra se desenvolver, que no apartamento pequeno, não temos.
A razão me faz agir sabendo ser o certo, mas o coração chora rs.
Outro sentimento que aparece é perceber que agora ele é um gurizinho e não mais um bebezinho. Que não é só meu, é do mundo! Terá uma vidinha própria a partir de agora.
Tivemos o privilégio eu e ele de estarmos juntos o tempo todo na fase em que isso era essencial, mas essa fase passou. Num piscar de olhos o tempo voou.
A maternidade é uma revolução na vida da gente e agora me sinto recomeçando a viver no mundo do lado de fora de novo.


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